Há uma onda de
inconformismo no país com a eleição recente da presidente Dilma, que representa
uma linha ideológica de governo alinhada com interesses dos mais pobres.
Como a presidente
começou a enfrentar problemas mais sérios na condução da área econômica,
ouve-se de lideranças políticas de oposição o chamado para que a população peça
a saída da presidente menos de cinco meses após ela ter derrotado nas urnas
esses adversários.
Na noite de domingo,
enquanto a presidente discursava na televisão, moradores de bairros ricos de
algumas capitais promoveram panelaços para externar seu inconformismo com o
governo. Ainda durante o discurso, uma jornalista que estava naquele momento em
uma redação de um grande jornal me ligou para informar que já se sabia que o
tal panelaço se restringia à parte gorda da sociedade.
Há muita gente bem
intencionada e até muitos pobres que têm o direito de seguir o pensamento
segundo o qual seria saudável para a democracia pedir a saída de um governante
recém-eleito. Afinal, às favas a maioria popular que o elegeu, são pobres.
Em Ibicaraí, deverão
também sair às ruas dia 15 de março para discordar da vontade das urnas os
mesmos que sempre estiveram a favor da democracia promovida por ACM e pela
ditadura militar. Esperamos que muitos deles, quando forem pegar as panelas
para fazer o barulho do panelaço, pelo menos saibam onde é a cozinha, porque a
antiga elite ibicaraiense só sabe explorar com salário de miséria seus
empregados. Isso quando pagam.
Eles dirão que estão
saindo para protestar contra a corrupção. É fácil provar que não é verdade.
Primeiro porque nunca antes tinham saído para fazer protestos contra
roubalheira: sair agora é oportunismo. Segundo, porque muitos estão alinhados
com políticos denunciados em escândalos.
No dia em que foi
divulgada a lista da Lava Jato, o que se viu foi apenas tentativa de defesa de
alguns nomes. Ali, sim, era a hora de fazer barulho. Não fizeram, sabe-se lá
por quê.
Está foto tirei hoje em
Diadema, cidade da região metropolitana de São Paulo. Ela diz mais do que está
escrito.
Texto; José Nilton Calazans
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