A Secretaria de Turismo confere total apoio à tradicional festa indígena
na Estância Hidromineral de Olivença.
A festa da Puxada do Mastro de São Sebastião, que é realizada historicamente
em Olivença, estância turística do município de Ilhéus, terá início nesta
sexta-feira, 6 de janeiro, com shows de bandas musicais Paulinho Xôxô e Baru
Imperador, a partir das 20h30min, na praça Cláudio Magalhães. O evento é
organizado pela própria comunidade, com o apoio da Secretaria de Turismo
(Setur).
A programação religiosa inclui a celebração de missa, às 19 horas, na
Paróquia Nossa Senhora da Escada, um dos mais importantes monumentos
arquitetônicos de Ilhéus. De acordo com informações da Setur, no sábado, a
partir das 20 horas, também na praça Cláudio Magalhães, haverá shows musicais
com as bandas Som do Skulacho, A Rapazziada e Pagofunk.
No domingo, dia 7, a Puxada do Mastro conta com alvorada por volta das 5
horas. A programação incluiu atos religiosos (bênçãos) e indígenas (poracy). Às
7 horas, os machadeiros participam de uma feijoada e, na sequência, seguem para
a mata de Ipanema com o objetivo de trazer o mastro. A previsão é que o cortejo
popular chegue a Olivença por volta das 17 horas. A programação musical, no
domingo, terá início a partir das 16h30min, com as bandas Proibida, Bombadão e
Tony Canabrava.
Tradição - A Festa da Puxada do Mastro de Olivença é conservada por
descendentes de índios, negros e brancos. Devido ao processo de miscigenação,
são os caboclos de Olivença que mantêm a fé com o objetivo de preservar os
diversos rituais do evento para as gerações futuras. Segundo o historiador
Erlon Fábio Costa, a Puxada do Mastro teve início no século XVI, com a Corrida
de Toras, evento que integrava uma série de representações religiosas
alimentadas pelos indígenas da região. “A partir do século XVIII, passamos a
ter a festa com a configuração que chegou até os nossos dias”, disse. O mastro,
principal símbolo da festividade e utilizado pela Igreja Católica para
sustentar bandeiras de santos em frente aos templos, serve para demonstrar a
resistência da comunidade indígena no que tange aos seus inúmeros aspectos
culturais.
Secretaria de Comunicação Social
Ilhéus, 05.01.17
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